A Dança Moderna e o Contexto Histórico














A Dança Moderna





A dança moderna nasceu nos Estados Unidos, e até hoje é um produto tipicamente americano. Fruto de novos pensamentos e crenças de algumas poucas pessoas, se adaptou rapidamente aos novos anseios da sociedade, e os discípulos desses poucos se multiplicaram vertiginosamente.


O "teórico" da dança moderna é François Delsarte, e o conjunto de suas ideias é conhecido como Delsartismo. Quando jovem, no início do século XIX, Delsarte foi inserido no meio da arte mas nunca foi considerado um artista brilhante. Por isso, muito cedo encerrou sua carreira, e culpou seus mestres pelo seu fracasso. Delsarte achava que a técnica deveria ser ensinada de forma adaptada a cada organismo, a cada pessoa e suas limitações. É assim que ele começa a estudar a relação entre a voz, o movimento, a expressão e a emoção do ser humano, começando primeiramente a se dedicar aos ramos artísticos que conhecia, como o canto e as artes plásticas, e mais tarde se interessou pela dança.

Nesse ponto aparecem os fundamentos mais básicos da dança moderna: Delsarte constatou que a base de toda expressão é a tensão e o relaxamento dos músculos. Por exemplo, a extensão de todo o corpo está relacionada ao sentimento de auto realização, e o dobrar do corpo traduz o sentimento de anulação. Cada sentimento tem sua própria tradução corporal.
O Delsartismo foi transmitido por toda a Europa, e através de Steele Mackay, um ator americano que se tornou discípulo de Delsarte, chegou aos Estados Unidos. E é lá que a dança moderna, mais viva expressão do Delsartismo, se desenvolveu.

Isadora Duncan





"Desde o início, apenas dancei a minha vida" Isadora não tinha o biotipo adequado para a técnica clássica acadêmica, apesar de tê-la estudado quando nova. E foi por isso, com certeza, que se tornou a dançarina moderna mais conhecida até hoje. Ela questionou a dança acadêmica, o porquê de cada passo, de cada movimento. Com toda a sua rigidez, a técnica clássica deixou para trás a origem de seus passos e movimentos.

Dessa forma, Isadora colocou em prática os ideais do Delsartismo, dançando sua vida. Durante as primeiras décadas do século XX viajou por toda a Europa, além dos Estados Unidos, onde nasceu e iniciou seus estudos.
Usando os movimentos que entendia como os mais adequados para expressar cada emoção, criou diversas coreografias que significavam não mais do que aquilo que realmente sentia. Isadora não teve discípulos diretos, não criou uma técnica bem definida que pudesse ser passada adiante. Mas, sem dúvida, foi a responsável pela popularização da dança moderna. Através de suas coreografias, o mundo conheceu a dança que se desenvolveria a seguir, e que conquistou o século XX como a dança que tinha a alma da modernidade.


Martha Graham




Martha Graham seguiu os ideais Delsartianos quando estes já estavam mais consolidados.
A Denishawnschool, escola fundada por Ruth Saint-Denis e Ted Shawn, e primeira escola que trabalhava com técnica moderna, já era grande e produzia muitos novos talentos, que iriam mais tarde fazer a "cara" da dança moderna. E foi de lá que saiu Martha Graham. Ela trabalhou para desenvolver uma técnica baseada no tension-release (tensão-relaxamento) e que tornaria o aprendizado e o ensino da dança moderna muito mais fáceis. Além disso, antes de Graham a dança moderna se inspirava quase que exclusivamente em motivos orientais, em outras culturas. Graham admite ter saído da Denishawnschool por não agüentar mais dançar divindades hindus ou ritos astecas, e por ter como objetivo tratar de temas mais atuais. Ela queria ir mais fundo, conhecer e dançar os mais profundos temas da alma humana. Para isso, utilizou as tragédias gregas para construir suas coreografias. Desde Édipo até Minotauro, os personagens gregos e seus dramas serviram de instrumento para os estudos de Graham.

Martha Graham consolidou e colaborou com a construção da "nova gramática" da dança, onde retornamos à origem de cada movimento e sua relação com os sentimentos para polí-los e transformá-los em movimentos atuais. Os giros, que na pré-história serviam como forma de se entrar em contato com as divindades, através de transe, voltam a ter esse mesmo sentido. Mas agora eram mais polidos e com uma estética mais definida, que agradasse ao público.


Denishawnschool, escola fundada por Ruth Saint-Denis e Ted ShawnDenishawnschool


Contexto Histórico

A Primeira Guerra Mundial (também conhecida como Grande Guerra ou Guerra das Guerras) foi um conflito bélico mundial ocorrido entre 28 de Julho de 1914 e 11 de Novembro de 1918.
A guerra ocorreu entre a Tríplice Entente (liderada pelo Império Britânico, França, Império Russo (até 1917) e Estados Unidos (a partir de 1917) que derrotou a coligação formada pelas Potências Centrais (liderada pelo Império Alemão, Império Austro-Húngaro e Império Turco-Otomano)[1], e causou o colapso de quatro impérios e mudou de forma radical o mapa geo-político da Europa e do Médio Oriente.

 Segunda Guerra Mundial ou II Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo – incluindo todas as grandes potências – organizadas em duas alianças militares opostas: os Aliados e o Eixo. Foi a guerra mais abrangente da história, com mais de 100 milhões de militares mobilizados. Em estado de "guerra total", os principais envolvidos dedicaram toda sua capacidade econômica, industrial e científica a serviço dos esforços de guerra, deixando de lado a distinção entre recursos civis e militares. Marcado por um número significante de ataques contra civis, incluindo o Holocausto e a única vez em que armas nucleares foram utilizadas em combate, foi o conflito mais letal da história da humanidade, com mais de setenta milhões de mortos.

Geralmente considera-se o ponto inicial da guerra como sendo a invasão da Polônia pela Alemanha Nazista em 1 de setembro de 1939 e subsequentes declarações de guerra contra a Alemanha pela França e pela maioria dos países do Império Britânico e do Commonwealth. Alguns países já estavam em guerra nesta época, como Etiópia e Reino de Itália na Segunda Guerra Ítalo-Etíope e China e Japão na Segunda Guerra Sino-Japonesa.

A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo em nível econômico e social. Iniciada no Reino Unido em meados do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX.

Ao longo do processo (que de acordo com alguns autores se registra até aos nossos dias), a era da agricultura foi superada, a máquina foi superando o trabalho humano, uma nova relação entre capital e trabalho se impôs, novas relações entre nações se estabeleceram e surgiu o fenômeno da cultura de massa, entre outros eventos.

 Essa transformação foi possível devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor. O capitalismo tornou-se o sistema econômico vigente.